Páginas

quinta-feira, 17 de março de 2011

Professor, atualize-se!



Disponível para download no site da Secretaria de Educação Especial do MEC farto material sobre educação inclusiva, incluindo:

- 8 volumes da Revista Inclusão

- 10 fascículos da Coleção “A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar”

- Orientações sobre atendimento especializado Atendimento Educacional Especializado*

AEE – Pessoa com Surdez

AEE – Deficiência Física

AEE – Deficiência Mental

AEE – Deficiência Visual

AEE – Orientações Gerais e Educação a Distância

Documento sobre a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva

É só clicar abaixo e baixar:


http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12625&Itemid=8

terça-feira, 1 de março de 2011

Integrando através da brincadeira








A brincadeira de Viuvinha é muito gostosa e desperta o interesse do aluno, pois parte do princípio, uma história, e logo a brincadeira cantada se torna um jogo, onde as crianças não vão poder ficar desatentas para não perder o ritmo, e também terão que se integrar e aceitar a todos para poder brincar. É ótimo ver as crianças interagindo com uma enorme naturalidade.

A brincadeira se inicia com uma história improvisada pelo professor que colocará as crianças em roda.

O professor irá dizer que guarda um segredo de alguém da roda, e que vai contar este segredo mesmo que a criança não deixe. Depois do suspense, conforme a história se desenrola, (o professor irá escolher os alunos que forem pertinentes ao momento), é escolhida uma criança, e o professor desenrola uma história que este estava passeando e todos achavam lindo, (ou linda) aquela moça, e todos queriam se casar, mas ela (ou ele) se apaixona por alguém, (escolhe outra criança), os dois se casam. Interpretar e fazer com que as crianças interpretem improvisadamente, deixar tudo bem engraçado, as outras crianças da roda poderiam, por exemplo, ser os convidados que estavam na igreja, outra seria o padre, mas tudo acontecendo com improviso no momento, sem combinar. Mas na porta da igreja o noivo é atropelado e morre. A criança ficou viúva. Mas não irá ficar viúva para sempre, vai haver agora outra viúva. A criança que ficou viúva vai para o centro da roda e as outras dão as mãos. Ensinar a música rodando e improvisando, até que todos consigam acompanhar. A brincadeira exige um número ímpar de crianças, necessitando as vezes a participação do professor na brincadeira.




Viuvinha da banda do além (rodando)
Quer se casar mas não sabe com quem. (rodando)
Com esse sim, (para todos e virão para o centro, apontam o dedo para a viuvinha)
Com esse não,(sinal de não com o dedo)
com esse sim, (apontam o dedo para a viuvinha)
que é do meu coração. (Coloca as mãos no coração)

Quando fala coração, as crianças tem que procurar um par e abraçar, até a viuvinha do centro. Quem ficar sozinho vai para o centro e começa de novo.

Existem outras versões que podem ser achadas na net, essa versão é do cd "Parangolé" do grupo "Emcantar", que disponibiliza para venda no site, um cd ótimo com vídeo, músicas e um encarte com as letras e informações das brincadeiras.

Para quem se interessar: Grupo Emcantar

A Brincadeira é Inclusiva!



A brincadeira, muitas vezes não exploradas pelo professor, é uma grande maneira de incentivar o respeito com o outro, principalmente brincadeiras populares.
Através da brincadeira, as crianças se esquecem das suas limitações e do outro. Durante a brincadeira qualquer dificuldade e diferença são superadas e deixadas de lado, pois o importante naquele momento é a integração, que se torna um dos momentos mais brilhantes vividos nas séries iniciais.
Lembro-me que certa vez, aprendi uma brincadeira chamada “viuvinha” e levei minha turma de educação infantil para brincar. Os alunos de 4º e 5º ano estavam tendo aula de reforço no pátio e não pensei duas vezes, pedi autorização para a professora os deixar brincar, já que eles iriam ficar olhando mesmo e esquecer suas atividades. Quando a brincadeira começou, exigia em seu final abraçar alguém próximo para não ficar sozinho. Os alunos maiores relutaram inicialmente em abraçar, porém minutos depois todas as barreiras estavam quebradas e aqueles alunos que sempre se sentem inferiorizados estavam lá, incluídos, brincando e esquecendo um pouco suas preocupações. Fiquei encantada.
Eu vejo a escola como o primeiro espaço para as vivências de socialização, pois é lá que são estabelecidas relações com outros indivíduos de diferentes núcleos familiares. É na escola que se dará as primeiras tensões de preconceito e é na escola que devem ser tratados de modo a quebrar esses paradigmas.

E você, tem preconceito?


Para Nóvoa (1993), são os professores responsáveis por desempenhar importantes passos para mudanças educativas através da produção do conhecimento sobre o ensino, através de um trabalho reflexivo da própria experiência.
É necessário então, em momentos pertinentes que o professor oportunize o diálogo e ainda observe as situações de interação entre seus alunos, muitas vezes o preconceito acontece a nossa volta e não deve ser motivo de represália, mas de reflexão. O preconceito pode existir no seio da família ou na comunidade em que a criança está inserida e este tema deve ser discussão rotineira em sala de aula. São mínimos os detalhes que podem plantar a semente do preconceito social que marcará a vida de algumas crianças.
Em situações preconceituosas não deveria ser mascarada a realidade na tentativa de se impor igualdade a assim semear a falsidade, a hipocrisia e a violência, mas esclarecer a realidade. O respeito está intimamente ligado a compreensão, a tolerância boa que respeita a diferença do outro e a convivência com a diversidade.
O preconceito existe hoje em todo lugar e só existe ainda porque valores como o respeito e o amor deram lugar para o individualismo. Em um país miscigenado como o Brasil, que tem tantas etnias, o respeito deveria ser tópico nas escolas e dever da família de preparar o indivíduo para que o único julgamento que se faça seja de seu caráter.
Zeichner (1993) acredita que os processos de formação de professores não podem ser reduzidos a fórmulas mecânicas e modelos repassados. A construção cotidiana de uma educação inclusiva jamais estará a mercê de resultados previsto, por isso a necessidade da reflexão do professor.
Nas escolas podem ser elaborados e desenvolvidos projetos específicos sobre o tema e também em situações na sala como rodas de conversa e situações cotidianas. O respeito, não só étnico racial, mas em tudo, é princípio para que o grupo tenha uma boa convivência, desde a educação infantil é importante prezar o respeito.
Romão (2001) acredita que para que aconteça a reversão desse quadro de preconceito o processo educativo deverá visar uma inclusão que atenda as necessidades através do resgate da auto-estima, da autonomia e do embate das diferenças étnicas, prevenindo a exclusão social.
Outra forma para incentivar o respeito com o outro é através de brincadeiras, principalmente brincadeiras populares. Através da brincadeira as crianças se esquecem das suas limitações e do outro. Durante a brincadeira qualquer dificuldade e diferença são superadas e deixadas de lado, pois o importante naquele momento é a integração, que se torna um dos momentos mais brilhantes vividos nas séries iniciais.
A escola é o primeiro espaço para as vivências de socialização, pois é lá que são estabelecidas relações com outros indivíduos de diferentes núcleos familiares. É na escola que se dará as primeiras tensões de preconceito e é na escola que devem ser tratados de modo a quebrar esses paradigmas.
Não responsabilizo apenas a escola o papel de educar, principalmente no âmbito social. A escola é o lugar de reflexão, de colocar em jogo o que se sabe e então a partir disso acontecer o crescimento pessoal.
O preconceito na escola não é só o preconceito étnico, racial ou inclusivo, mas aparecem preconceitos com qualquer coisa que lhes pareça um defeito ou uma dificuldade, como aquela criança que tem muitas dificuldades na aprendizagem, crianças obesas, que usam óculos ou aparelhos, ou até que pronunciam palavras erradas, muito decorrentes na escola.
Acredito que o professor apesar de seu baixo salário, às vezes tendo que trabalhar dois períodos e ainda falta de formação específica para atender a inclusão, vem tentando desenvolver um bom trabalho, mas sempre há aqueles, que desiludidos pelo sistema, deixam de lado sua responsabilidade, culpando outros pelas suas derrotas. Mas também me orgulho de professores que para mim são exemplos de vida, que abraçam a causa e lutam pela garantia de educação.
Preconceito: está em volta o tempo todo, em nossa família, em nosso emprego, nos meios de comunicação; a linha tênue que fará a diferença está na mão de educadores que deverão quebrar as barreiras e atingir a sociedade por uma garantia de cidadania.

Referências:

ROMÃO, J. O educador e a construção de uma auto-estima positiva no educando negro In: Cavalleiro (org) Racismo e anti-racismo na educação. São Paulo: Summus, 2001.

NÓVOA, A. Notas de apresentação. In: A formação reflexiva de professores: idéias e práticas. Lisboa: Educa, 1993.

ZEICHNER, K. A formação reflexiva de professores: idéias e práticas. Lisboa: Educa, 1993.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Educação voltada para os Direitos Humanos...


O ser humano é o único animal que possui valores e são esses valores que nos fazem seres humanos. Na educação esses valores se tornam ainda mais amplos, pois no relacionamento professor e aluno além das palavras as atitudes transmitem esses valores, já dizia o ditado popular "Um exemplo vale mais que mil palavras". Não só o que o professor fala transmite valores, sua metodologia, formas de avaliação, vestimenta, gestos...tudo transmite valores sejam eles explícitos ou ocultos. Toda a escola está carregada de valores, a arquitetura do prédio, a disponibilidade do mobiliário, o jeito de receber e lidar com as famílias e os alunos, entre tantas outras coisas.
Porém, os valores não são adquiridos e nem transmitidos todos em âmbito escolar, eles estão implícitos ou explícitos em todos os lugares. Para tanto a cultura ocidental apresentou a "Declaração Universal dos Direitos Humanos", com valores ético-políticos que norteiam a convivência humana na diversidade, porém mesmo com a Declaração os direitos fundamentais do ser humano ainda não são realidade para a grande parte da humanidade e não foram durante toda a história  da mesma, sempre havia algum grupo ou muitos sendo excluídos desses direitos e privados de muitos valores, a luta pela igualdade entre seres humanos é histórica.
E nesse contexto histórico surge a Educação em Direitos Humanos, esta surgiu no início dos anos 80 concomitante com as lutas de resistência aos regimes ditatoriais na América Latina, previlegiando e defendendo a democracia, liberdade a cidadania, a diversidades entre outros. Com o fenômeno conhecido como globalização, as diversas culturas e desigualdades tornaram-se explícitas e as pesoas começaram a se conhecer e reconhecer no outro, assim a necessidade de uma consciência e uma visão para a Educação na Diversidade crescer ainda mais.
O Neoliberalismo contribui para o aprofundamento das desigualdades sociais,  essas por sua vez reunidas com o desrespeito aos Direitos Humanos são o grande obstáculo para realização plena da nossa Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Com tudo a Educação em Direitos Humanos prima pela cooperação e pelo diálogo em busca de uma felicidade coletiva, para tanto é necessário uma visão abrangente que envolva toda comunidade escolar. Para nortear o trabalho em Educação em Direitos Humanos faz-se necesário articular três valores essenciais: liberdade, igualdade e solidariedade. Trabalhar esses valores nos primeiros anos de escolaridade é essencial, visto que a criança está "aberta" a desenvolver  e aceitar a diversidade entre as pessoas.



São todos iguais
E tão desiguais
uns mais iguais que os outros ( Engenheiros do Havai)